domingo, 27 de maio de 2018

Opinião :: Sob a Pele | Nora Roberts

Título: Sob a Pele
Autora: Nora Roberts
Editora: Halequin
Ano: 2017 (87.ª edição)

Sinopse:
Apesar de estar a ser perseguida por um "admirador" obcecado, Chantel O'Hurley não queria que nenhum detective privado lhe dissesse o que tinha de fazer. Por outro lado, Quinn Doran irritava-se por ter de fazer de ama-seca de uma estrela de nariz empinado. Mas assim que viu aquela loura distante, percebeu de imediato o quão fácil era ficar obcecado por uma mulher como Chantel...

Opinião:
Não sabia ao certo o que havia de encontrar neste livro, mas mesmo assim estava empolgada para o ler.
 
A história tem como personagem central Chantel O'Hurley, uma actriz muito conhecida em Hollywood, que a certa altura se vê perseguida por um fã obcecado. Desta forma, o detective Quinn Doran entra na sua vida para investigar o caso, mas acaba por se envolver de mais com ela.
 
Devo dizer que não morri de amores pela história. Achei que tudo se passou muito rápido, que a narração foi superficial e que a parte romântica foi muito cliché. Não obstante ter gostado de conhecer a actriz e o seu mundo profissional (as gravações para um filme), penso que a história perdeu por ser demasiado batida, ou seja, deu-me a impressão de que é o clássico que se costuma ver nos filmes que passam na televisão!
 
O enredo teve também uma parte de algum mistério, no que toca à investigação do caso; foi algo de que até gostei, mas não achei nada de especial. Lá está: foi pouco desenvolvido e passou-se muito rápido.
 
Fiquei um pouco desiludida, mas não foi assim tão mau... Foi um livro mediano.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Livro recebido :: "A Trança"

Olá! O livro que hoje venho mostrar-vos é A Trança, de Laetitia Colombani. A sua sinopse é bastante intrigante e suscitou-me uma grande curiosidade, pois quero ver qual será o culminar desta história.
 
Já conhecem o livro?

Título: A Trança
Autora: Laetitia Colombani
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2018

Comprar: Bertand | WOOK

Sinopse:
Índia. Smita é uma Intocável. Ela sonha ver a filha escapar à sua condição miserável e entrar na escola.
 
Sicília. Giulia trabalha no atelier do seu pai. Quando ele sofre um acidente, ela descobre que a empresa familiar está falida.
 
Canadá. Sarah, advogada de renome, vai ser promovida quando descobre que tem uma doença grave.
 
Ligadas sem o saber pelo que têm de mais íntimo e singular, Smita, Giulia e Sarah recusam o destino que lhes está reservado e decidem lutar. Vibrantes de humanidade, as suas histórias tecem uma trança de esperança e de solidariedade.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Opinião :: Limões na Madrugada | Carla M. Soares

Título: Limões na Madrugada
Autora: Carla M. Soares
Editora: Cultura Editora
Ano: 2017
 
Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Ansiosa por regressar à Argentina, mas presa a Portugal, distante do homem que ama e da mulher com quem vive, Adriana está perante um dilema universal e intemporal: manter-se comodamente na ignorância ou desvendar o passado da família, como se de um caso policial se tratasse, enfrentando assim aquilo de que andou a fugir toda a vida, por mais doloroso que seja.
 
Num jogo magistralmente imaginado pela autora, entre a vida atual de Adriana e os ecos do Portugal antigo, machista e violento dos seus pais e avós, esta história, de uma família e dois continentes, é uma viagem entre o presente e o passado, uma ponte sobre o fosso cultural que separa as gerações, um tratado sobre tudo aquilo que a família pode fazer à vida de um só indivíduo.
 
Entre a sombra e a luz, deixando que por vezes os silêncios falem mais alto do que as palavras, Limões na Madrugada é um romance sobre o amor incomum, o poder da família e a necessidade da coragem.


Opinião:
Este livro revelou-se uma agradável surpresa; estava muito curiosa em desvendar a história familiar de Adriana, tal como a própria acabou por fazer, viajando de Buenos Aires até ao Porto, após a notícia da morte da sua tia Aurora, último membro da família de Portugal. Esta deixara-lhe uma carta mencionando uma pequena herança que deveria ser recebida no seu país, pois revelava pormenores importantes da família de que Adriana nunca soube. Assim, ela deixou a sua vida da Argentina para rumar à descoberta de um grande segredo.

Adorei conhecer Adriana e toda a história envolvente, contada por ela; não abordou apenas o caso familiar, mas também a sua vida pessoal, partilhando incertezas, receios e alguns medos. A narrativa é rica em romantismo, mistérios e sinestesias, pois tive várias vezes a sensação de sentir - passo a redundância - o frio do Inverno de Portugal, ver as cores da cidade do Porto e cheirar os limões que tanto destaque têm na vida da personagem e no livro.
 
A escrita da autora é maravilhosa! Deixou-me embrenhada no livro logo desde o início e não descansei enquanto não desvendei todos os segredos. Quase me senti na pele de Adriana...
 
Para quem adora romances e grandes mistérios, este livro é de leitura obrigatória!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Livro recebido :: "Uma Mulher em Fuga"

Viva! Ontem foi o meu aniversário e recebi um livro como presente: Uma Mulher em Fuga, de Lesley Pearse. É mais um livro desta autora que tenho seguido e cuja colecção vou aos poucos completando.
 
Tal como os outros, estou bastante curiosa em descobrir esta história!

Título: Uma Mulher em Fuga
Autora: Lesley Pearse
Editora: Edições ASA
Ano: 2017

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Sob o olhar negligente do pai, Rosie definha na quinta onde vive. Sujeita aos maus-tratos dos meios-irmãos, Seth e Norman, e sem uma mãe para a proteger (há muito que desapareceu), a sua vida é dura e solitária. Mas no dia em que chega a governanta, Heather Farley, tudo parece mudar. Heather depressa se torna uma amiga… e até uma mãe…
 
Mas a alegria revela-se passageira, pois Heather desaparece misteriosamente, deixando para trás o filho, Alan, e frustrando todas as esperanças de Rosie num futuro melhor. Mas só quando o irmão de Heather, Thomas, aparece na quinta é que Rosie descobre a terrível verdade sobre a sua própria família… e finalmente ganha coragem para fugir. Mas o mundo que a espera lá fora, infelizmente, não é menos cruel. De Bristol ao Sussex, do Sussex a Londres - Rosie tudo faz para dar um novo rumo à sua vida. Mas será ela capaz de escapar à fúria vingativa de Seth?

Lesley Pearse, autora tão querida dos leitores portugueses, volta a encantar-nos com esta história dilacerante sobre a família e os segredos medonhos que pode esconder…

domingo, 13 de maio de 2018

Música :: Final do Eurovision Song Contest 2018

 
Eis que chegou a Grande Final da Eurovisão! E que começou de uma maneira muito portuguesa, com a actuação de Ana Moura e Mariza a interpretar Amália Rodrigues. De imediato, surgiram os Beatbombers que tocaram o tema que tantas vezes ouvimos durante estes últimos meses pré-eurovisivos e que acompanhou o desfile das bandeiras. E assim se deu o tiro de partida para o desfile das canções!
 
De um modo geral, as actuações foram tão boas ou ainda melhores do que as primeiras. Penso que é normal; os cantores sentem-se mais à vontade e levam a actuação com um espírito mais leve. Quanto aos big 5 e Portugal, aqui ficam os meus comentários:
  • Espanha – O casal mais querido da Eurovisão levou uma balada muito romântica e feliz que me encantou. Não é hábito da Espanha levar canções deste género, mas ainda bem que assim o fizeram!
  • Portugal – Emocionante actuação da Cláudia Pascoal e da Isaura! A música é muito bonita e arrepia pelo seu significado, mas tenho noção de que não era uma prestação digna de vitória; aliás, ganhámos... o último lugar! Querem maior gesto de cavalheirismo por parte do país anfitrião? 😆
  • Reino Unido – Foi uma surpresa para mim! Não tinha chegado a ouvir antes esta música e nunca tive vontade de o fazer, mas gostei muito quando a ouvi ao vivo! Foi pena aquele incidente da invasão do palco; era mesmo escusado (como todos os que já aconteceram)... Ou melhor, será que foi mesmo pena? É que houve um imediato apoio do público a cantar e a incentivá-la a continuar, e a partir daí, a actuação ganhou mais poder! E reflectiu-se nas apostas online – saltou disparada para o 5.° lugar, quando eu vi... Acho que neste caso foi um mal que veio por bem!
  • Alemanha – Quando a Alemanha escolheu esta canção, uma amiga minha disse que a tinha adorado. Eu ouvi um bocadinho mas não consegui ouvir mais porque a achei tão insossa... Contudo, na final soube o significado da letra e ouvi com mais atenção; que cruel eu fui a julgar precipitadamente! Foi mesmo um momento emotivo e uma bonita homenagem ao seu pai.
  • França – Foi sempre vista como uma possível vencedora, mas também só a quis ouvir do início ao fim na final. E adorei! Imaginei que fosse uma música mais negra referente ao tema dos refugiados, mas é completamente o inverso! É uma música leve, que passa esperança e positividade. Très bien, France!
  • Itália – Foi a última a fazer-se ouvir, mas foi uma óptima maneira de terminar o desfile! A letra é poderosíssima e foi inteligente irem passando traduções em várias línguas no ecrã. Além disso, gostei muito da melodia. Inclusivamente, foi a música preferida da minha mãe! 🙂
 
Enquanto a Europa e a Austrália votavam, passaram no palco grandes vozes, como a de Sara Tavares, de Dino D'Santiago e de Mayra Andrade, que ao som de Branko mostraram o casamento perfeito entre Portugal e África. E depois chegou o momento mais esperado: Salvador Sobral cantou e encantou com a sua mais recente música Mano a Mano, seguindo-se o dueto com Caetano Veloso a interpretar Amar Pelos Dois. Foi um momento especial para mais tarde recordar.

Fonte: www.eurovision.tv
 
Chegou a hora de conhecer as votações. Este ano foi totalmente diferente do ano passado; enquanto que em 2017 os 12 pontos caíam consecutivamente para Portugal, este ano o top 3 estava constantemente a mudar, tanto que a Áustria acabou por vencer o voto do júri! Que inesperado! Contudo, o voto do público alterou tudo... e Israel acabou mesmo por vencer.

A vitória não agradou a muitos, visto que havia quem a amasse ou a odiasse. Houve até uma polémica entre o Salvador e a Netta, pois ele disse que aquela música era horrível. E quando a vi ganhar, só queria ver a entrega do troféu! O Salvador entregou-lho dando dois beijos e desapareceu. Mais tarde, na conferência de imprensa, a Netta pronunciou-se acerca da polémica e disse que o Salvador lhe entregou o prémio com respeito, que é o mais importante.
Fonte: www.eurovision.tv
 
E assim terminou a Eurovisão em Portugal. Foi uma experiência única para o nosso país e é pena ter chegado ao fim. Mas para o ano há mais... em Israel!
(Aproveitando a deixa da música de Israel em 2015, Golden Boy: let them show us Tel Aviv!)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Música :: 2.ª Semi-final do Eurovision Song Contest 2018

 
Já decorreu a segunda semi-final da Eurovisão! Depois de a primeira ter sido fortíssima, logo vi que a segunda não ia ser tão forte, mas não deixou de ser boa!
 
Havia já algumas músicas que tinha ouvido e gostado, mas estava também curiosa por ouvir e ver as outras actuações. Assim, aqui ficam os meus comentários a cada uma:

  • Noruega – O inolvidável Alexander Rybak! Ele levou uma música impossível de comparar àquela com que ele ganhou em 2009, mas é inevitável não pensar nela... e eu não acho que a recente seja melhor, mas adorei-a na mesma! E os efeitos que se viram na televisão ficaram muito bem, deram mais vida à canção.
  • Roménia – A música era forte, acho que teve algum impacto, mas não gostei muito. Acabou por dizer Goodbye à final...
  • Sérvia – Adoro as músicas balcânicas! E ainda bem que a Sérvia voltou a cantar na sua língua. Gostei também desta, apesar de não ter adorado... Ainda assim, não fiquei muito surpreendida por vê-la na final.
  • San Marino – O que dizer? Infelizmente, na Eurovisão, vejo San Marino como a desistente Andorra: as músicas que levava nunca tinham bons resultados. E isso também se deve à qualidade; não quero dizer que os artistas não tenham qualidade, mas as canções não conseguem ser realmente boas... San Marino já conseguiu chegar a uma final, à enésima tentativa de Valentina Monetta, mas fora essa vez acho que nunca gostei a valer de uma música deles! Vá, a deste ano até poderia ter alguma hipótese, mas não, também não foi desta...
  • Dinamarca – Adorei! Os vikings, o ambiente em palco (fresquinho com a neve 😄), a música e os coros... Foi marcante, foi moderno e mostrou um pouco da cultura daquela região! E assim se fazem boas músicas fazendo jus à personalidade do país!
  • Rússia – A persistência da Julia Samoylova em actuar na Eurovisão é de louvar. Ela é uma mulher muito querida e fiquei emocionada ao ver as experiências dela em Portugal, bem como alguns sonhos realizados. Já quanto à música, não deu... Aquele refrão era doloroso para os ouvidos... E fiquei feliz por ver a Rússia fora da final! Nada a ver com a cantora, mas a Rússia quase pertence inevitavelmente às finais eurovisivas, algumas vezes sem merecer. Este ano não mereceu e não passou, justamente!
  • Moldávia – Amei! Pode não ser a minha música preferida deste ano, mas penso que é a desta semi-final! E porquê? Bem, eu tenho um gosto muito pessoal pelo som das trompetes, muito à custa dos países de leste. Além de ter adorado a melodia desta, a actuação foi espectacular! Contou uma história, foi divertida e cativou o público! Cá em casa, todos adorámos!
  • Holanda – O género country não é comum na Eurovisão, e esta música parecia mesmo ter vindo directamente do Texas! Apesar de ser gira, não seria das minhas primeiras escolhas, mas não fiquei completamente surpreendida com a sua passagem à final.
  • Austrália – Que força em palco, a da Jessica Mauboy! A voz poderosa foi perfeita para a música, que aporta uma mensagem positiva e nos deixa felizes. Gostei da música, não adorei, mas era expectável o apuramento para a final.
  • Geórgia – Adorei o facto de a Geórgia ter levado uma música típica do país e de ter cantado em georgiano. Infelizmente, não consegui gostar muito dela... Tive tanta pena! Achei o grupo tão querido, tive mesmo pena de eles não passarem...
  • Polónia – Inicialmente, ouvi excertos da canção e até nem desgostei; aliás, vários amigos meus disseram que gostavam muito dela. No entanto, quando vi a actuação, notei um grande fracasso... O vocalista desafinou um bocado, além de que o DJ que o acompanhava teve uns momentos de dança um tanto esquisitos... A música era orelhuda, mas falhou ao vivo e falhou a final!
  • Malta – A única parte que gostei da música maltesa foi o refrão; de resto, não me cativou.
  • Hungria – Pois... A Hungria arriscou com uma música metal, e o certo é que se ama ou se odeia. Vá, eu não odiei, mas não consigo aguentar este género musical. Ela fez-me lembrar o reportório dos Linkin Park, e é sabido que eles têm uma legião de fãs. Também por isso, achei que fosse passar à final.
  • Letónia – Laura Rizzotto, brasileira de ascendência portuguesa, levou uma música sexy que poderia chegar bem longe. Eu acabei por não gostar assim tanto, mas surpreendi-me ao ver que não foi apurada.
  • Suécia – Como é hábito, a Suécia levou uma canção moderna, que cativa qualquer pessoa. Gostei da actuação, mas achei um bocado aborrecida. Claro que passou à final, mas sem dúvida que trocava esta por uma outra finalista!
  • Montenegro – Mais uma canção típica daquela zona da Europa e de novo na língua materna. Por vezes gosto das melodias, mas desta vez não foi bem o caso; nem me aqueceu nem arrefeceu.
  • Eslovénia – Simpatizei bastante com a Lea Sirk, ainda mais quando me apercebi de que ela já imitou o Salvador Sobral no país dela. A música não me parecia ser muito o meu género, mas fiquei muito surpreendida com a actuação ao vivo. E aquele momento em que a música pára? Tive um mini ataque cardíaco: imaginei logo que foi uma falha técnica, que toda a gente iria falar mal dos portugueses e dizer que foi um falhanço imperdoável... Sim, todos aqueles pensamentos pessimistas clássicos dos portugueses! Mas mal a música voltou, vi que fazia parte e foi uma boa estratégia deles! Tornou a actuação memorável e talvez lhes tenha valido a passagem à final... Quem sabe!
  • Ucrânia – Música poderosa, actuação forte e fogosa! O Mélovin tem uma voz muito boa, além de que é giro que se farta! 😁 Gostei muito da aposta ucraniana.


Após o desfile das canções, houve dois momentos altos da noite: a dança das apresentadoras, das quais destaco a Filomena a dançar a Euphoria (até que estava parecida!) e o vídeo das gravações dos postcards dos vários países. Devo dizer que foi o que mais me emocionou até agora, porque mostrou ainda mais genuinamente a beleza do nosso país. Lindo!

A selecção dos finalistas divergiu um pouco das minhas escolhas, mas acabei por me conformar.

Agora falta apenas a Grande Final! Vamos ouvir os vinte escolhidos com os big 5 e Portugal! Este ano está particularmente forte e não consigo mesmo prever um vencedor; já ouvi várias teorias e já imaginei possíveis vencedores, mas penso que vai haver suspense até ao último segundo. Ainda assim, aqui ficam as minhas preferências, em ordem aleatória: Chipre, Bulgária, Finlândia, Áustria, Noruega, Dinamarca, Moldávia e Ucrânia. Quanto aos 5+1, só amanhã é que irei ver para crer. Sim, gosto da de Portugal, e não é por ser a nossa! Acho que a França, a Espanha e a Itália também vão estar bem, mas amanhã veremos...


 
Fonte: www.eurovision.tv
 
Estou ansiosíssima por saber quem vai ganhar! See you on the Grand Final!

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Música :: 1.ª Semi-final do Eurovision Song Contest 2018


The Eurovision Song Contest 2018 has just begun!

Que entusiasmo! Começou a Eurovisão, de Portugal para o mundo! Estava desejosa de ver os postcards gravados em vários sítios de Portugal. Foi tão bom e comovente ver as imagens dos lugares, das tradições e das experiências do nosso país... Que orgulho!
Bem, mas vamos deixar os comentários patrióticos de parte e vamos então falar do concurso em si. 😃


Ainda antes de o espectáculo começar, ouvi dizer que esta semi-final ia ser poderosa, talvez a melhor desde que existem semi-finais, ou seja, desde 2004. Como já tinha ouvido excertos de todas as canções (algo que não costumo fazer mas que este ano foi impossível evitar), sabia que ia haver muito boas músicas, inclusive favoritas à vitória. Assim, supus logo que iria ser muito difícil escolher apenas dez finalistas sem que ficassem para trás algumas canções merecedoras...

À medida que fui vendo as actuações, fui-lhes dando as minhas pontuações, tal como nos outros anos, segundo a escala eurovisiva (de 1 a 8, 10 e 12). Curiosamente, foram dez as canções que conseguiram obter de 8 pontos para cima, pelo que foi mais fácil escolher o meu top 10. Mas antes de o divulgar, vou dar uma breve opinião sobre cada canção:


Fonte: www.eurovision.tv
     
  • Azerbaijão – Gostei muito desta canção, contrariamente ao que tem acontecido nas últimas edições (fora a do ano passado). A música é fresca e positiva, além de que a Aisel tem um ar muito querido! Ela levou um coro de quatro cantores portugueses, um deles Rui Andrade, que já foi à Eurovisão com a Rússia em 2014, e a prestação foi boa, mas um bocado repetitiva. Acho que foi isso que falhou com o Azerbaijão este ano.
  • Islândia – Estes últimos anos não têm corrido muito bem à Islândia... Já há alguns que não passa à final, e este ano eu já estava a prever isso. O Ari Ólafsson canta bem, mas a música é uma balada esquecível e já muito batida na Eurovisão.
  • Albânia – A primeira este ano cantada na língua materna e que até nem desgostei. Não é bem o meu género, mas foi uma boa surpresa. E o Eugent Bushpepa canta muito!
  • Bélgica – Não estava muito expectante em relação a esta música. Não a achei nada de especial e acho até que a Sennek estava com demasiada confiança na passagem à final, o que acabou por ser uma grande desilusão para a Bélgica. E tão bem esteve no ano passado...
  • República Checa – Esta canção era uma grande aposta do país para conseguir o seu melhor lugar de sempre na competição, e admito que todo o alarido relativamente à lesão do Mikolas Josef logo no primeiro ensaio tenha ajudado à sua mediatização. Ao assistir à actuação, acabei por não gostar tanto como pensava que gostaria, mas gostei do facto de ele não arriscar fazer o mortal suposto da coreografia! Ainda assim, conseguiu saltar para a final e é bem capaz de bater o melhor lugar até agora da República Checa na Eurovisão.
  • Lituânia – Uma música mais calminha mas que costuma ter muito sucesso, mesmo fora da Eurovisão. Admito que não adorei porque não faz muito o meu género, mas é de facto uma música bonita e emocionante – e isso viu-se no final da actuação. A Lituânia está forte este ano!
  • Israel – Oh, Israel! Um grande favorito à vitória! Mas acho que vai ser o flop deste ano! Sim, a música fica no ouvido, a sonoridade característica do país é boa, a Netta canta muito, a prestação dela e das dançarinas é peculiar, mas não vejo isto a ganhar. Aliás, não gostava de ver ganhar uma música que dissesse you stupid boy no refrão... Mas vamos ver no que vai dar...
  • Bielorrússia – A canção é boa e gostei da actuação; foi gira toda aquela representação com as rosas entre o ALEKSEEV e a dançarina, mas acreditei que não conseguisse passar à final no meio de tantas músicas boas.
  • Estónia – Mais uma candidata à vitória! Desta vez uma canção lírica irreverente e nada aborrecida. E a voz da Elina Nechayeva?! E aquele vestido?! Que espectáculo! Que forza!
  • Bulgária – Outra possível vencedora (e depois do segundo lugar do último ano...). Esta é uma das minhas preferidas; faz-me lembrar o Azerbaijão do ano passado. Adoro aquela obscuridade da música! Mas, apesar dos efeitos que se viram na televisão, acho que a actuação poderia ter sido mais impactante.
  • Macedónia – Hum... Esta foi uma autêntica macedónia de estilos! Foi a música de que menos gostei; foi muito confusa. Não gostei da parte reggae e acho que a música perdeu um bocado por ter tantos géneros. Além de que a vocalista parecia estar insegura na voz...
  • Croácia – Sexy! Gostei da canção, da voz e da actuação. Ficou no meu top 10, mas esta era uma das que não tinha acerteza se passava ou não. E não passou.
  • Áustria – Antes da semi-final, nunca tive grande curiosidade em ouvir esta canção, não sei porquê. Mas sei que foi uma das maiores surpresas que tive nesta noite! Adorei, foi mesmo um bom momento e fiquei feliz por vê-la na final!
  • Grécia – Sempre adorei as melodias gregas – em qualquer música, dentro ou fora da Eurovisão – e foi tão bom ouvir de novo o grego no palco eurovisivo! Adorei, adorei tudo: a voz, a melodia, os coros, a iluminação, o fogo-de-artifício... A música é fresca, faz-me sonhar! Era uma possível vencedora. E não passou. Foi a minha maior desilusão da noite...
  • Finlândia – Tenho uma ligação e um carinho especial por este país, e isso também se reflecte na Eurovisão. Foi das primeiras músicas deste ano que ouvi e gostei muito. Mais tarde fui descobrindo a Saara, ganhei-lhe mais empatia e entendi o significado da canção: passei a adorar! Mas a actuação... foi surpreendente! Arrepiei-me do início ao fim. E vê-la na final foi dos melhores momentos! Onnea, Suomi!
  • Arménia – Mais um país a cantar na sua língua, sendo mais uma lufada de ar fresco – literalmente, pois a canção chama-se Qami (vento)! A música era boa, mas era provável que ficasse pelo caminho.
  • Suíça – Outra bela surpresa no palco! Um estilo mais rock, que não é muito do meu agrado, mas esta destacou-se pela mensagem e pela prestação. Passou a pertencer ao meu top 10, mas infelizmente não passou.
  • Irlanda – De novo uma melodia mais calma, com uma voz bonita e uma coreografia carinhosa (e contra preconceitos) a complementar. Foi um bonito momento, mas duvidava da sua apuração. Acabei por me surpreender no fim! Correu bem para a Irlanda!
  • Chipre – Talvez a mais esperada da noite (e tinha de ser a última!). Já a tinha ouvido, já estava nos meus favoritos, mas a actuação rebentou com tudo: foi uma autêntica explosão, foi fogo, foi fantástico! Achei a Eleni Foureira uma mistura de Beyoncé com Helena Paparizou; o poder e a segurança vocal com toda aquela dança, aliada à sonoridade típica daquele país, tornou tudo perfeito! É bem possível que o Chipre consiga a sua primeira vitória!
 
Durante a votação, passou uma homenagem ao Salvador Sobral e à nossa música vencedora, que foi cantada por vários concorrentes do ano passado. Foi comovente ver o carinho dos cantores e também o esforço por cantarem em português. 😁

O anúncio dos finalistas deixou-me, no geral, satisfeita; a maioria deles correspondeu aos meus favoritos, mas não posso deixar passar a minha desilusão com a não passagem da Grécia e da Suíça... Lá está, a semi-final era muito boa e muito boas músicas tinham de ficar para trás.

Acerca das apresentadoras, estavam lindas! Estiveram bem, mas não achei que estivessem formidáveis. Tirando a Filomena, penso que elas não estavam muito à vontade e pareciam fechadas, não sei explicar bem. Mas espero que nas próximas emissões façam ainda melhor figura!

Fonte: www.eurovision.tv
 
E que venha a segunda semi-final!

sábado, 5 de maio de 2018

A ler :: Dona Flor e Seus Dois Maridos | Jorge Amado

Olá! Quero mostrar-vos a minha leitura actual: Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Jorge Amado. Vou a quase meio do livro e para já estou a gostar bastante! Até tenho lido regularmente, apesar de neste livro estar a avançar mais devagar.
 
Além disso, estamos em plena época eurovisiva, por isso tenho andado mais virada para a Eurovisão do que para os livros. Por vezes ainda nem acredito bem que Portugal ganhou no ano passado e trouxe este grandioso evento para cá! Infelizmente, não vou concretizar o meu sonho de assistir ao vivo às semi-finais e/ou à final, mas não vou perder as transmissões em directo na televisão!

Ontem foi inaugurada a Eurovision Village, amanhã ocorrerá a cerimónia de abertura e já na próxima Terça-feira será a primeira semi-final. Mal posso esperar por que tudo comece! Let the Eurovision Song Contest 2018 begin!
 
Título: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Autor: Jorge Amado
Editora: Planeta de Agostini
Ano: 2002 (1.ª edição de 1966)
 
Comprar: Bertrand | WOOK

 
Sinopse:
Nem por ser desordenado dia de lamentação, tristeza e choro, nem por isso se deve deixar o velório correr em brancas nuvens. Se a dona da casa, em soluços e em desmaio, fora de si, envolta em dor, ou morta no caixão, se ela não puder, um parente ou pessoa amiga se encarregue então de atender à sentinela pois não sei vai largar o alvéu, sem de comer nem de beber, os coitados noite adentro solidários; por vezes sendo inverno e frio.

Para que uma sentinela se anime e realmente honre o defunto presidi-la e lhe faça leve a primeira e confusa noite de sua morte, é necessário atendê-la com solicitude, cuidando-lhe da moral e do apetite.